Há 14 locais em Portugal, entre autoestradas e estradas nacionais, onde os futuros radares de velocidade média estão a ser testados. No entanto, os instrumentos de medição da velocidade ainda não estão a gerar contraordenações nem há data para o fazer, adianta a Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR).
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Os locais onde os radares de velocidade média estão a ser testados são os seguintes: Beja (IC1), Coimbra (A1 e EN109), Évora (A6 e IP2), Lisboa (EN10, EN6-7 e IC19), Porto (A3), Santarém (A1) e Setúbal (EN10, EN378, EN4, e IC1). No entanto, os instrumentos de controlo da velocidade média ainda não estão em vigor, já que a "data de entrada em funcionamento depende do resultado" dos testes de controlo. Haverá um sinal de trânsito a explicar que aquele é um troço onde a velocidade é vigiada.
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Também não é definitivo quais serão os novos locais de controlo de velocidade média (LCVM), apesar de alguns estarem já instalados para a fase de testes. "A localização e respetiva entrada em funcionamento dos LCVM será amplamente divulgada, nomeadamente através de um site, onde poderá ser consultada a localização de todos os equipamentos", precisa a ANSR ao JN.
Os condutores vão ser informados da presença do radar de velocidade média através do sinal H42, criado em 2002, e que vai "indicar que a via está sujeita a controlo de velocidade, através do cálculo da velocidade média".
O presidente da ANSR disse, em entrevista ao JN/TSF, que "o facto de estarem montados [radares de velocidade média], não quer dizer que estejam a funcionar". "Estão prontos para serem inseridos e em controlo de qualidade", revelou Rui Ribeiro, no passado mês de março, esperando que a instalação fique concluída até "meados de maio".
Haverá 50 novos locais de controlo de velocidade na rede SINCRO (Sistema Nacional de Controlo da Velocidade), 30 vão medir a velocidade instantânea e os outros 20 a velocidade média. No total, haverá 30 radares (20 de velocidade instantânea e 10 de velocidade média) a mudar rotativamente pelo país.
A operacionalização dos equipamentos tem sofrido consecutivos atrasos. Em fevereiro do ano passado, a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, disse ao JN que a entrada em funcionamento dos 50 novos locais de controlo da velocidade seria feita de forma "gradual" até ao fim de 2022.
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Em novembro, a ANSR adiantou à Lusa que a demora deveu-se ao "atraso do fornecimento dos equipamentos decorrente da situação excecional nas cadeias de abastecimento resultantes da pandemia da doença covid-19, da crise global na energia e dos efeitos resultantes da guerra na Ucrânia".
A aquisição, instalação e manutenção dos novos locais de controlo de velocidade vai envolver um investimento de mais de 5,5 milhões de euros ao longo de cinco anos.