O líder da IL denunciou esta quinta-feira, no Parlamento, a alegada existência de três "esquadras ilegais chinesas" a operar em Portugal. Segundo João Cotrim Figueiredo, estas situar-se-ão nas regiões de Lisboa, do Porto e ainda na Madeira, e servirão para a China "monitorizar, investigar e repatriar" alguns dos seus cidadãos. O primeiro-ministro disse desconhecer a situação.
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"Há duas municipalidades chinesas, que possivelmente não são as únicas, que instalaram dezenas de esquadras informais de polícia em vários países do mundo para monitorizar, investigar, e repatriar, sob coação, cidadãos de origem chinesa residentes nesses países", referiu Cotrim Figueiredo.
O deputado, que afirmou estar a citar informações publicadas pela "Safeguard Defenders", uma Organização Não Governamental (ONG), disse ter tomado conhecimento da situação "poucas horas" antes do início do debate sobre política geral com o primeiro-ministro.
"Há indícios que estas esquadras se articulam com a rede do designado Departamento Frente Unida, do Partido Comunista Chinês", acrescentou Cotrim Figueiredo, acusando a China de "violações dos direitos humanos" e de ingerência nos assuntos nacionais.
Em resposta, António Costa disse não ter "nenhum conhecimento" sobre o assunto, mas aconselhou o deputado a transmitir "de imediato" essas informações à Procuradoria-Geral da República.