Hélder Mota Filipe foi eleito como novo bastonário da Ordem dos Farmacêuticos para os próximos três anos, após ter ganho as eleições de sábado com 65% dos votos, sucedendo no cargo a Ana Paula Martins.
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A Lista A, liderada por Hélder Mota Filipe, foi a vencedora do sufrágio para os órgãos nacionais, contabilizando 3889 votos (65%), enquanto a lista B, encabeçada por Franklim Marques, registou 1912 votos (32%), adiantou a Ordem dos Farmacêuticos (OF) em comunicado.
Ao todo, participaram no ato eleitoral 5976 farmacêuticos (42% dos eleitores), a grande maioria dos quais por via eletrónica (96%).
As eleições para os órgãos sociais da Ordem dos Farmacêuticos no triénio 2022-2024 terminaram no sábado com a realização da votação presencial, nas sedes das Secções e Delegações Regionais da OF, em Lisboa, Porto, Coimbra, Funchal e Angra do Heroísmo, e contagem dos votos expressos também por via eletrónica e por correspondência.
Uma Ordem "mais transparente e independente"
Antes da eleição, Hélder Mota Filipe disse ao JN que pretende uma Ordem "mais transparente e independente", "mais e melhor formação contínua" e uma "valorização das carreiras farmacêuticas nas diversas áreas de atividade e não apenas no SNS".
"Daremos uma atenção especial à criação de competências farmacêuticas. As novas competências devem sustentar a proposta de novos serviços farmacêuticos nas diversas áreas de atividade clínica, transformando-se numa mais-valia para o SNS", explicou.
Com a pandemia, Hélder Mota Filipe vê uma "oportunidade ímpar" para o "maior envolvimento e reconhecimento dos farmacêuticos" através de um "aprofundamento das atividades prestadas" e "o desenvolvimento de outras que respondam às necessidades de um sistema de saúde frágil e pressionado".
Professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, membro da Comissão de Ética para a Investigação Clínica e presidente da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa, Hélder Mota Filipe assume agora os destinos da OF e a representação dos farmacêuticos portugueses até ao início de 2025.
Eleitos de Norte a Sul
Os resultados finais do escrutínio determinaram também a eleição dos representantes dos farmacêuticos a nível regional.
Entre as duas listas candidatas à Secção Regional do Norte, a lista E, liderada por Félix Carvalho, foi a mais votada, com 1114 votos (53%), contra os 931 votos (44%) da lista F, encabeçada por Célia Alves da Silva.
Segundo a OF, na Secção Regional do Centro, a lista C, liderada por Anabela Mascarenhas, registou 650 votos (60%), contra os 382 votos (35%) da lista D, encabeçada por Paulo Fonseca.
Na Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas, a lista G, liderada por Luís Lourenço, obteve 1.768 votos (63%), enquanto a lista H, encabeçada por Sérgio Joaquim, alcançou 710 votos (25%).
A lista vencedora inclui ainda os delegados regionais da OF na Madeira e nos Açores.
"Tiago Magro renova assim o seu mandato na representação dos farmacêuticos madeirenses, enquanto nos Açores a representação fica agora a cargo de Juliana Matos", adiantou a Ordem.
Nas eleições para os Conselhos dos Colégios de Especialidade, a lista I, presidida por Leonor Correia, venceu com 223 votos (60%) para o Conselho do Colégio de Especialidade de Análises Clínicas e Genética Humana, contra os 120 votos (33%) da lista J, encabeçada por Gizela Santos.
No outro Colégio de Especialidade com duas listas candidatas, registaram-se 178 votos (37%) na lista M, presidida por Isabel Sanches, contra 261 votos (54%) na lista L, liderada por Carolina Mosca, que renova assim o mandato na presidência do Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Comunitária.
Para o Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar foi eleita a única lista a sufrágio, a lista N, presidida por João Ribeiro, com 427 votos, o mesmo acontecendo com o Conselho do Colégio de Especialidade de Indústria Farmacêutica, com a eleição da lista O, liderada por Paula Teixeira, que obteve 136 votos.
Apenas o Colégio de Especialidade de Assuntos Regulamentares não registou qualquer lista candidata, pelo que o Conselho vigente assegura o seu funcionamento até ao agendamento do respetivo ato eleitoral.
A tomada de posse do novo bastonário e restantes órgãos nacionais, regionais e Conselhos dos Colégios de Especialidade deverá ocorrer no prazo máximo de 30 dias.