Entidade Reguladora da Saúde emitiu alerta para o cumprimento da lei, sobretudo para os mais vulneráveis. No ano passado, houve 994 queixas.
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Um mês e meio depois de Avelina Ferreira, de 73 anos, doente de Alzheimer, ter sido encontrada morta perto do Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, onde ficou sozinha porque o marido foi proibido de acompanhá-la na urgência, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) emitiu, esta terça-feira, um alerta de supervisão aos hospitais públicos, privados e dos setores cooperativo ou social para cumprirem a legislação e deixarem os utentes, especialmente os mais vulneráveis, serem acompanhados. No ano passado, a ERS recebeu 994 queixas relacionadas com problemas no acompanhamento de doentes frágeis durante a prestação de cuidados.
Em comunicado, a reguladora refere que "tem tomado conhecimento de situações, nas quais utentes com deficiência, em situação de dependência, com doença incurável em estado avançado ou em estado final de vida não veem garantido o seu direito ao acompanhamento em estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, com particular incidência nos serviços de urgência".