O líder da Iniciativa Liberal acusou, esta segunda-feira, o ministro das Finanças de "desorientação". João Cotrim Figueiredo diz que Fernando Medina não tem respostas para questões fundamentais e também fala no regresso da austeridade.
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João Cotrim Figueiredo garante que saiu da reunião desta segunda-feira com os ministros das Finanças e dos Assuntos Parlamentares, respetivamente Fernando Medina e Ana Catarina Mendes, com mais perguntas do que as que tinha quando entrou.
Segundo o líder da Iniciativa Liberal (IL), o Governo aditou para esta quarta-feira as respostas para todas as questões que considera "fundamentais" em termos macroeconómicos, como os temas da TAP, do Novo Banco, as despesas com Saúde e alterações nos escalões do IRS.
"Sai com a sensação de que o Governo encara este Orçamento como uma continuação do de 2021, sem grandes ondas. As grandes discussões vão ser guardadas para o Orçamento de 2023", denunciou Cotrim Figueiredo, considerando que problemas como a crise energética não podem "esperar 12 meses para terem uma resposta cabal".
Mais, para o líder dos liberais, o ministro das Finanças não tinha ainda respostas e atirou tudo para esta quarta-feira "numa lógica de ainda não saber". "Ficamos preocupados com esta calma e falta de urgência para atacar problemas que estão estruturais", atirou Cotrim Figueiredo, acusando Fernando Medina de "desorientação".
A situação deixa a IL ainda mais "preocupada" uma vez que considera que sem revisão dos escalões doo IRS, por exemplo, os contribuintes em geral vão ter uma redução salarial (por via de aumento de impostos) e consequente perda de poder de compra. Ou seja, vão sentir austeridade, conforme PSD e Chega já denunciaram, esta segunda-feira, no final das suas reuniões com o Governo.