A incidência da covid-19 mantém a "tendência decrescente" verificada nas últimas semanas, bem como o impacto nos serviços de saúde e na mortalidade, indica a análise de risco da pandemia.
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"A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade muito elevada, com tendência decrescente em todas as regiões", conclui o relatório de monitorização das "linhas vermelhas" da covid-19, divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
O número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 1996 casos, com tendência decrescente a nível nacional e em todas as regiões do continente.
Dada a redução da incidência, também "deverá manter-se a tendência decrescente no impacto nos serviços de saúde e na mortalidade, devendo manter-se a vigilância da situação epidemiológica e recomendando-se a manutenção das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço", acrescenta o documento.
A linhagem BA.1 da variante ómicron registava, na quinta-feira, uma frequência relativa estimada de 49,2%, com tendência decrescente. Em contraciclo, a linhagem BA.2 está a tornar-se dominante, estimando-se uma frequência relativa de 50,8%, no mesmo dia.
Camas de UCI em bons lençóis
O número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos corresponde a 42% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas (na semana anterior foi de 52%), indica o relatório, que sublinha ainda que pessoas com o esquema vacinal completo "tiveram um risco de internamento duas a sete vezes menor do que os cidadãos não vacinados, entre o total de pessoas infetadas em dezembro".
Quanto à mortalidade, o atual valor (52 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes) segue também uma linha descendente, correspondendo, ainda assim, a uma classificação do impacto da pandemia como "muito elevado".
Pessoas com esquema vacinal completo "tiveram um risco de morte duas a seis vezes menor do que os não vacinados, entre o total de infetados em janeiro", destaca a DGS, detalhando que, na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte em quase quatro vezes" em relação a quem tem o esquema vacinal sem reforço.