Independentes somam mais uma câmara e querem manter representação na Associação de Municípios
Há 20 câmaras que ficaram longe das cores dos partidos. Os independentes somaram mais 30 mil votos e mais uma autarquia do que há quatro anos, mas a vitória foi agridoce. As conquistas em Oeiras e Setúbal deram fôlego e reforçaram estes movimentos como a terceira força política, mas fica o registo de 26 juntas de freguesias perdidas. O presidente da Associação Nacional de Movimentos Autárquicos Independentes falhou a reeleição na câmara de Ílhavo.
Corpo do artigo
A meta estava traçada para chegar às 30 câmaras, mas os independentes ficaram-se pelas 20, num total de 307 277 votos. É mais uma autarquia do que em 2021, mas com perdas significativas. No Porto, a segunda maior câmara do país, o movimento de Rui Moreira diluiu-se e nenhuma das candidaturas apartidárias conseguiu eleger vereadores. Na Figueira da Foz, Santana Lopes regressou à base e conseguiu a reeleição pelas cores do PSD e do CDS. Na Guarda, capital de distrito, Sérgio Costa foi reeleito mas, agora, com o apoio da coligação Nós, Cidadãos!/PPM.
O sufrágio trouxe outras surpresas que vão obrigar a mudanças. Em Ílhavo, João Campolargo, que lidera a Associação Nacional de Movimentos Autárquicos Independentes (AMAI), não conseguiu conquistar o segundo mandato naquela câmara do distrito de Aveiro. O resultado abre agora a porta para uma mudança na organização que representa estes movimentos.