A porta-voz do PAN apontou a bússola a Sul no segundo dia de campanha. Inês Sousa Real visitou os centros de investigação da Universidade do Algarve, onde realçou a importância de mais habitação para os estudantes.
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Inês Sousa Real defendeu, no segundo dia de campanha e após o último debate entre partidos, que o alojamento estudantil tem de estar no topo das preocupações. Em campanha em Faro, a porta-voz do PAN apontou que há falta de oferta de alojamento para estudantes. Depois de uma reunião com o reitor da Universidade do Algarve, considera que uma das soluções é garantir incentivos aos senhorios.
"O alojamento estudantil tem de ser uma prioridade. Precisamos de ter mais oferta pública e também que o próprio Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ajude precisamente a aumentar o número de camas disponíveis", afirmou aos jornalistas Inês de Sousa Real.
Frisando que, a nível nacional, estão "assinaladas 17 mil necessidades" em relação a alojamento estudantil, a porta-voz considerou ser preciso "ir mais longe" nesta matéria, estimando que existam mais de 130 mil alunos universitários deslocados em todo o país.
Inês de Sousa Real lembrou que o turismo e a sazonalidade em determinadas regiões do país, como no Algarve, não promovem a estabilidade dos jovens alunos deslocados, muitas vezes forçados a abandonar as suas residências temporárias.
Para ultrapassar esse problema e garantir "alojamento estável" aos estudantes, é preciso "mais oferta pública" e "incentivos aos senhorios", nomeadamente com benefícios fiscais, defendeu.
"O Estado deve garantir programas de apoio aos estudantes e incentivos aos senhorios para aderirem a programas de alojamento que possam ter boas práticas, que não passem por forçar os alunos a, quando chega a altura do verão, terem de desmanchar todos os seus quartos ou sair do local onde se encontram, em vez de estarem focados nos seus estudos", acrescentou Sousa Real, apontando como outra preocupação o acesso à saúde por parte dos estudantes deslocados, designadamente nos cuidados primários.
A líder do PAN considerou "fundamental" garantir que, a partir do momento em que os estudantes estão inscritos numa universidade longe da sua área de residência, tenham acesso a um médico de família "alocado a esse estabelecimento de ensino".