Depois das dificuldades técnicas no site do Fundo Ambiental, mais de metade dos vouchers E-Lar, para trocar os eletrodomésticos a gás por elétricos, já não estão disponíveis. A medida está orçamentada em 40 milhões de euros, mas, face à procura elevada, deverá ser reforçada. O JN sabe que os primeiros vales vão começar a ser emitidos nos próximos dias e os candidatos serão notificados por email.
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A correria ao site do Fundo Ambiental causou múltiplos problemas nas primeiras horas de candidaturas e, ao final da tarde desta quarta-feira, estavam submetidos 13 735 processos e 3742 em preenchimento. No total, cerca de 83% dos vales disponíveis já foram requeridos. O apoio abrange a substituição de fogões, fornos e termoacumuladores por equipamentos elétricos e mais eficientes. A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, admitiu, anteriormente, que o apoio deverá abranger 21 mil famílias, na sua maioria com apoios sociais. Face a estes números, é expectável que o aviso esgote nas próximas horas.
A lista dos fornecedores, onde é possível consultar as lojas aderentes ao E-Lar para trocar o voucher pelos eletrodomésticos, também já está disponível para consulta no site do Fundo Ambiental. Só na Região Norte e Centro são 487 estabelecimentos. Entre eles, estão as grandes lojas como a Worten, Rádio Popular ou a Leroy Merlin.
Mais verbas a caminho
O E-Lar está orçamentado em 40 milhões de euros, 30 milhões do PRR e 10 milhões do Fundo Ambiental. No entanto, a tutela já admitiu a possibilidade de realocar os fundos destinados aos "Bairros + Sustentáveis" para este programa, totalizando 60 milhões de euros.
Mas há mais novidades. Depois de a Deco alertar que a substituição de esquentadores a gás pelos termoacumuladores previstos no programa - de classe A e com pouca capacidade (30 litros) -, agravavam em 360 euros a fatura da luz, o Governo alargou a oferta dos equipamentos para aquecer a água até à classe energética B. Esta alteração permite a compra de um termoacumulador com mais capacidade, mas menos eficiente.
Para as famílias vulneráveis, isto é, abrangidas pela tarifa social da energia, o apoio ascende a 1683 euros, onde se inclui 50 euros pelo transporte e de 100 a 180 euros para a instalação dos eletrodomésticos. Para as restantes, o vale é de 1100 euros sem IVA.