Jerónimo de Sousa respondeu aos críticos a quem participa na Festa do Avante pela falta da posição do PCP em condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia. "Têm que vir à Festa do Avante sem preconceitos e ver que este é um espaço de paz, não de guerra, mas de convívio, de solidariedade, ímpar em todo o país", disse durante a abertura do evento que se realiza este fim de semana no Seixal.
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Jerónimo de Sousa teceu críticas às medidas do Governo para contrariar os aumentos de bens como gás e eletricidade. "Todos estão de acordo que as medidas de apoio não podem ser a prazo, algumas de três meses, mas têm que passar pelo aumento dos salários, das reformas e pela defesa do serviço público, principalmente o SNS". O secretário geral do PCP considerou ainda que um imposto extraordinário sobre lucros seria "uma forma para ajudar os portugueses a ultrapassar os sacrifícios que têm feito".
Jerónimo de Sousa elogiou os militantes que ajudaram a construir a Festa do Avante, que tem como temas na exposição central a defesa dos direitos das crianças e pais e o barro de Bisalhães. "Este é o exemplo de como um distrito, Vila Real, flagelado no plano económico é capaz de fazer esta obra de arte e valorizar a cultura e património".
O secretário geral antecipou ainda lutas na rua pela defesa de direitos. "Perante o aumento dos preços que vemos nos supermercados e do custo de vida, a luta reivindicativa por melhores salários é a solução. Com maior ou menor inflação, o aumento dos salários é sempre mau para os governos", lamentou.
Jerónimo de Sousa adivinha tempos difíceis principalmente no tema da habitação "Este é um flagelo que vai atingir cada vez mais as novas gerações", considerou. Sobre o futuro na liderança do PCP, não adiantou pormenores, garantindo só que no próximo ano irá como militante do PCP. "Um dia será", afiançou.