O secretário-geral do PCP fez uma declaração, esta quinta-feira à noite, sobre os recentes desenvolvimentos do caso de Tancos. Jerónimo de Sousa atacou o partido de Assunção Cristas e defendeu que "se tivesse sido feito o que o PCP defendeu a situação teria sido diferente".
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Na declaração de um minuto e meio, sem direito a perguntas, feita à comunicação social no fim de uma atividade da campanha eleitoral da CDU, o líder comunista reforçou a ideia de que primeiro era necessário "concluir a investigação e só depois criar a Comissão de Inquérito" ao caso de Tancos. "Ninguém nos acompanhou nesta posição, incluindo o CDS. Não temos duas caras como o CDS".
Jerónimo de Sousa respondeu a Assunção Cristas, que esta manhã acusou o PS, PCP e BE de aprovarem conclusões, contra as quais a bancada centrista votou, que ilibam o antigo ministro Azeredo Lopes e o Governo.
"Seja qual for o Governo, seja do PSD/CDS ou do PS a justiça tem de ter condições para trabalhar e apurar todas as responsabilidades. Ninguém pode esconder a gravidade do que está em causa", afirmou Jerónimo de Sousa, sublinhando a necessidade de apuramento das responsabilidades, "em particular as que resultam das gravíssimas acusações que são imputadas ao ex ministro da Defesa".
"Havendo condenação há outro facto que tem de ser apurado - se o ex ministro prestou ou não falsas declarações perante a Comissão de Inquérito", acrescentou.