João Leão: "Governo está preparado para continuar a apoiar manutenção de emprego"
O ministro das Finanças garantiu, esta terça-feira, que o Governo está "preparado" para "continuar a apoiar as empresas a manter o emprego". João Leão defendeu-se das críticas feitas ao Orçamento do Estado pelas empresas, dizendo que as medidas de proteção de rendimentos também estimulam o consumo.
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"O Governo quer dar um sinal a todas as empresas de que está preparado para, durante o próximo ano, e em função da evolução da pandemia, continuar a apoiar as empresas a manter o emprego, financiando parte dos custos do trabalho", assegurou João Leão, em entrevista à SIC.
Lembrando que, neste momento, o OE já contempla 900 milhões de euros "só para proteção do emprego", o ministro garantiu que o Governo tem capacidade "para canalizar ainda mais apoios para a economia e para a manutenção do emprego" caso a pandemia venha a ter "uma evolução pior do que esperamos".
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Leão considerou que o OE é "equilibrado" e que segue "políticas muito opostas às que foram seguidas na anterior crise económica". Ao passo que, na altura, foram adotadas medidas "que acrescentaram crise à crise", o Governo atual está "a fazer exatamente o oposto", considerou.
"Num só ano estamos a pôr, nos bolsos dos portugueses, 550 milhões de euros de redução de impostos", referiu o ministro, aludindo aos 150 milhões da descida permanente do IVA da eletricidade e aos 400 milhões da "antecipação de rendimentos" possibilitada por uma menor retenção na fonte no IRS. "Nunca houve, nos últimos dez anos, um ano em que, de forma tão significativa, se aumentasse a liquidez e o rendimento das famílias", argumentou.
Sobre as críticas ao OE devido a uma eventual falta de estímulos às empresas, João Leão considerou que "as medidas de proteção de rendimentos também ajudam" a atividade económica.
Quanto ao Novo Banco, o governante voltou a garantir que não há "nenhum empréstimo previsto" no OE para o Fundo de Resolução.