José Luís Carneiro deverá ser o próximo líder do PS depois de os pesos-pesados Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes e Duarte Cordeiro terem afirmado publicamente que não são candidatos a secretário-geral do partido.
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A socialista Mariana Vieira da Silva revelou, na noite de quinta-feira, que não vai apresentar uma candidatura à liderança do PS, sublinhando a necessidade de união no partido após a derrota nas eleições legislativas de domingo, conquistadas pela AD.
A ex-ministra dos governos de António Costa referiu, numa publicação na rede social Instagram, que nos últimos dias falou com "muitos militantes e simpatizantes do PS", onde concluiu que existia espaço "para uma candidatura alternativa".
Também na quinta-feira, Fernando Medina adiantou que não será candidato a secretário-geral do PS, em declarações ao canal Now.
"Creio que o lançamento de uma candidatura na segunda-feira [por José Luís Carneiro], iniciou um processo interno, no fundo contagem de espingardas, que na prática inviabiliza que esse debate profundo se faça antes de uma eleição direta", referiu, depois de ter defendido também uma reflexão profunda.
Fonte oficial dos socialistas adiantou ainda à Lusa que presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional do partido a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho.
Esta proposta, que será levada à Comissão Nacional do PS de sábado, foi subscrita também pelo líder do PS cessante, de acordo com a mesma fonte.
Na segunda-feira, o antigo candidato à liderança socialista, José Luís Carneiro, assegurou que estará disponível para servir o PS e Portugal, considerando que o partido deve fazer "uma reflexão profunda" e abrir um novo ciclo, contribuindo para a estabilidade política.