O debate entre António Costa e Francisco Rodrigues dos Santos foi dominado pela análise aos seis anos de governação do Partido Socialista nas áreas da Saúde, Educação e impostos. O modelo não era fácil para o líder socialista, que passou a maior parte do debate a rebater as acusações do presidente do CDS-PP.
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Sobre a promessa falhada de garantir um médico de família para todos os portugueses, justificou que "o número de utentes cresceu de forma mais significativa" e que é preciso "tornar mais atrativa a carreira de medicina familiar".
Rodrigues dos Santos, antevendo críticas ao Governo Passos e Portas, lembrou que quando a Direita esteve no poder, nos últimos anos, "foi para tirar o país do pântano de Guterres e para tirar o país da Troika de José Sócrates". Depois, voltou ao ataque: "O PS, na Saúde, coloca a ideologia à frente dos doentes. Há filas no SNS que duram anos, há doentes que morreram porque não foram atendidos e vem aí uma pandemia na saúde, a nível oncológico".
António Costa esclareceu que "não é desnatando o SNS que vamos ter uma saúde mais forte para o conjunto dos portugueses" e revelou que o número de cirurgias e consultas já superou os valores de 2019. "Já recuperamos", ripostou.
O último tema, relativo à carga fiscal, foi o que mais aproximou os adversários políticos. Ambos defendem redução de impostos, embora, mais uma vez, discordem em relação ao passado. O centrista aponta a Costa "a maior carga fiscal de sempre", mas este argumentou que isso só aconteceu devido ao aumento do emprego e rendimento que se traduziram em contribuições.