Pedro Nuno Santos disse esta sexta-feira que solução de Governo de Montenegro com IL é ameaça ao Estado social. Primeiro-ministro recordou aliança entre esquerdas para pedir estabilidade.
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As campanhas dos maiores partidos ficaram, esta sexta-feira, marcadas não pela clarificação das coligações que estão dispostos a fazer, mas sim, por alertas sobre as soluções que poderão surgir do lado adversário. Pedro Nuno Santos disse que um Governo da AD com a IL seria uma “coligação radical” que colocaria em causa o Estado social, enquanto Luís Montenegro apelou à mobilização para ninguém “acordar” após as legislativas com um Executivo que não desejou, usando o papão da instabilidade e recuando até 2015 para acenar com uma nova geringonça de Esquerda.
“Para termos estabilidade, precisamos mesmo de uma vitória do PS”, que é “importante para fazermos uma mudança segura que o Governo da AD não conseguiu fazer”, defendeu Pedro Nuno Santos, na Guarda. “Falhou na saúde, na economia e agora, com a IL, aí sim, teríamos uma coligação radical que poria em causa o Estado social”, alertou o líder.
Pedro Nuno respondeu às declarações feitas na véspera pelo presidente da República: "pode ficar descansado porque um Governo liderado pelo PS será de diálogo e estabilidade".
“Os mesmos parceiros”
“O PS conseguirá garantir as condições de estabilidade, vamos dialogar com os partidos. Não há outro que consiga mais facilmente garantir a estabilidade. O atual primeiro-ministro não consegue, não garantiu até agora, não vai garantir no futuro”, afirmou.
Num almoço com autarcas em Pombal, Montenegro apelou ao “reforço das condições de estabilidade e governabilidade”.
"Se ainda não decidiram, pensem qual é o voto que lhes dá estabilidade e o Governo que querem para não acordarem, como há dez anos, com um Governo diferente do que queriam”, disse, recuando até 2015, quando a Direita venceu, mas foi António Costa a governar com a geringonça. “Também aí os parceiros são os mesmos”, avisou.
Rui Rocha garantiu que não será pela IL que “haverá instabilidade”. Pediu mais votos para ser “muito exigente no dia seguinte”. E descartou acordos que envolvam o Chega ou o PS.
“Já tínhamos percebido que Luís Montenegro não é liberal, que as políticas de habitação da AD não estão a funcionar”, afirmou ainda, numa demarcação, apesar de já ter assumido a vontade de integrar o seu Governo.