Dois anos depois de ter transferido a sede para Lisboa, o KAICIID – Centro Internacional de Diálogo promove, a partir da próxima terça-feira (14 de maio) e até quinta-feira (dia 16), mais um fórum internacional na capital portuguesa.
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Vários líderes políticos e religiosos, em exercício de funções ou com cargos já desempenhados nas respetivas áreas, vão debater e refletir sobre a construção da paz alicerçada no diálogo inter-religioso e intercultural. Na lista de oradores está o presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, o antigo primeiro-ministro francês François Hollande e o imã da Grande Mesquita de Meca Salih bin Abdullah al-Humaid.
“Depois de 12 anos de experiência, o objetivo do fórum é criar um diálogo transformativo, de forma encontrar soluções para os desafios atuais”, sejam eles a construção da paz, a proteção do ambiente ou o desenvolvimento de cidades inclusivas, explica o porta-voz Agustin Nunez-Vicandi ao JN.
O KAICIID foi fundado em 2012 e tem uma “governação dupla”, composto por um Conselho das Partes com os membros fundadores - a Arábia Saudita, Espanha, Áustria e a Santa Sé - e um Conselho Diretivo, onde estão representadas várias religiões, como o hinduísmo, o budismo, o cristianismo, o islamismo e o judaísmo.
Respeitar fé e cultura
O “impulso” para a criação do KAICIID foi uma conversa entre o Papa Bento XVI e o antigo rei da Arábia Saudita Abdullah bin Abdulaziz, depois do “evento trágico” do 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos. “A nossa visão é mundo de paz, em que há respeito por qualquer fé e cultura”, diz Agustin Nunez-Vicandi.
O Centro Internacional de Diálogo acredita que os líderes políticos e os religiosos podem “construir soluções” para qualquer desafio, afirma o porta-voz do KAICIID. Além de Marcelo Rebelo de Sousa, também o presidente da câmara de Lisboa Carlos Moedas e o antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva vão participar no fórum.
Quanto a oradores internacionais, vão estar o antigo primeiro-ministro de Itália Matteo Renzi, o principal bispo da Igreja Ortodoxa de Constantinopla Bartolomeu I e a política e ativista moçambicana Graça Machel.