A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lançou uma petição para exigir "respeito" pelos profissionais. Os bombeiros alertam para a necessidade de ser criada uma carreira e um estatuto para o bombeiro voluntário com funções profissionais, bem como para a importância da criação de um comando nacional operacional. Querem ainda ver reconhecidos os estatutos do bombeiro voluntário e do dirigente associativo.
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A criação da petição foi aprovada por unanimidade no recente Congresso Nacional Extraordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses e já se encontra disponível na plataforma da Assembleia da República. O objetivo é recolher, pelo menos, as 7500 assinaturas necessárias para que a petição seja levada a plenário na Assembleia da República. Intitulada "Respeito pelos Bombeiros", o documento tem como primeiro subscritor o presidente da LBP. António Nunes frisa que "respeitar os Bombeiros não é só dizer que somos imprescindíveis".
"É saber que temos de ter condições para poder atuar na defesa das populações, dos bens e do ambiente", afirma o responsável, citado em comunicado.
Os bombeiros reiteram a necessidade de ser criada uma carreira e um estatuto para o bombeiro voluntário com funções profissionais, bem como a importância da criação de um comando nacional operacional. Querem ainda ver reconhecidos os estatutos do bombeiro voluntário e do dirigente associativo.
"Estes objetivos estão incluídos na Moção Estratégica Global aprovada no XXII Congresso Nacional Extraordinário, realizado a 11 e 12 de março, em Gondomar. A moção centra-se em quatro eixos principais: o financiamento estruturado das associações humanitárias, o respeito pelos Bombeiros, o reconhecimento do valor do Bombeiro Voluntário e do dirigente associativo e Bombeiros organizados e comandados por Bombeiros", recorda, em comunicado, a LBP.
A instituição diz ter esperança de que as "reivindicações apresentadas durante os dois dias de congresso venham a ser ouvidas e tomadas em consideração pela classe política e pelas autoridades competentes e reitera a total disponibilidade para encetar um diálogo construtivo". Caso contrário, "a rejeição, por parte do governo, de estabelecer um memorando de entendimento até ao dia 6 de abril obrigará a LBP a implementar as iniciativas de protesto previstas na Moção aprovada em congresso".