São esperadas entre 200 a 300 mil pessoas em Lisboa, para a visita papal, e 150 a 200 mil no Porto. O plano de segurança da PSP impõe um conjunto de restrições ao trânsito, que arrancam logo na véspera da chegada de Bento XVI a Portugal.
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A partir do dia 10, o estacionamento vai ser interditado nas artérias por onde o Papa passará. Na Luís Bívar, em Lisboa, será proibido estacionar durante três dias e todos os carros que lá entrarem serão fiscalizados. Nesta avenida, onde se situa a Nunciatura, residência do Papa durante a sua estadia em Lisboa, as restrições são totais. Será proibido estacionar a partir das 7 horas do dia 10 e até 12, dia em que Bento XVI rumará a Fátima. Vão começar a ser distribuídos panfletos por moradores e comerciantes, explicando as restrições e aconselhando alternativas de estacionamento.
Ontem, numa conferência de Imprensa conjunta da Direcção da PSP com os comandos de Lisboa e Porto, feita através de videoconferência, foram pormenorizados os trajectos previstos e os cortes de trânsito que implicam (ver infografia). Além do encerramento do trânsito, a PSP vai igualmente remover todo o mobiliário urbano, como caixotes de lixo e ecopontos, ao longo dos trajectos. O espaço aéreo estará reservado aos aviões da Força Aérea e a um único avião civil, para recolha de imagens pelas estações de televisão. O metro será sujeito a paragens momentâneas nos locais por onde o Papa passa.
Nove câmaras de videovigilância serão instaladas no Terreiro do Paço, onde será celebrada missa, a 11. A sala de controlo da operação funcionará no Ministério da Administração Interna, sendo o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Mário Mendes, responsável pela coordenação.
A PSP terá também equipas devidamente identificadas, compostas por psicólogos, para ajudar quem se perca de familiares. Elementos do INEM acompanharão em permanência o Papa, mas estarão também nos recintos para acorrer a situações de emergência com a população em geral.
A Direcção Nacional da PSP recusa-se a adiantar o número de efectivos mobilizados, limitando-se a falar em "número suficiente" para garantir a segurança do Papa. Garante também que tudo foi feito em articulação com a segurança pessoal do Papa, "sem constrangimentos ou mal entendidos".