A proposta de lista para a direção nacional do presidente do Chega foi este domingo chumbada pela segunda vez na II Convenção Nacional do partido nacional populista, em Évora.
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André Ventura não conseguiu os dois terços de votos necessários para aprovar a segunda lista para direção do partido, que apresentou após o chumbo da primeira: 219 votos a favor e 121 contra foi o resultado da votação da segunda lista apresentada. Os trabalhos voltaram a estar suspensos a pedido do líder do Chega.
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Desta constava apenas um novo nome, o de Rui Paulo Sousa, indicado pelo Partido Pró-Vida/Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC), no âmbito da fusão dos dois partidos. O líder do Chega vai apresentar a mesma lista na terceira votação.
Dirigindo-se aos militantes presentes na sala, André Ventura afirmou que este resultado é responsabilidade sua.
"Apresentei a este Convenção uma primeira lista de direção. Essa lista foi pelo Congresso rejeitada. Após alguma reflexão, apresentei uma segunda lista", disse e continuou: "como sabem a nossa estrutura de democracia interna, exige que a direção do partido seja aprovada, após eleições direitas do seu presidente, por 2/3 dos delegados. Isso não aconteceu. Isso é responsabilidade minha".
"Cabe-me a mim enquanto presidente, apresentar a lista à direção. Eu recuso-me a fazer deste partido um outro partido do sistema", sublinhou.
O presidente da mesa da Convenção Nacional do Chega, Luís Graça, disse aos participantes na iniciativa que está "preparado para estar vários dias" em Évora a aguardar a aprovação de lista do presidente do partido. "Estou preparado para estar aqui vários dias até aprovarmos a lista do André", afirmou, em cima do palco.
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Diogo Pacheco Amorim, Nuno Afonso e José Dias mantém-se no organismo de cúpula do partido nacional populista, agora na companhia do diplomata António Tanger Correia e do historiador Gabriel Mithá Ribeiro.
Como vogais transitam da direção cessante Ricardo Regala e Lucinda Ribeiro, aos quais se juntam Rita Matias, Pedro Frazão, Patrícia Sousa Uva, Tiago Sousa Dias, Fernando Gonçalves e Rui Paulo Sousa.
Segundo o artigo 3.º do regulamento eleitoral nacional do partido nacional populista, se não for obtido o voto de dois terços dos delegados "deve o presidente eleito da direção nacional submeter nova lista, no prazo máximo de duas horas, aos delegados eleitos à Convenção Nacional, para votação no menor espaço de tempo possível".