A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde pretende combater o preconceito que está associado à varíola dos macacos, através de uma conferência online, que se realiza esta quinta-feira à noite e conta com a presença de especialistas e ativistas. A organização visa promover uma maior literacia em relação à doença, de forma a evitar desinformação. No encontro, irá também ser debatida a doença e os sintomas. Até 27 de julho, estavam confirmados 633 casos em Portugal.
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Perante uma nova emergência de saúde pública mundial, a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde vai realizar, a partir das 21 horas desta quinta-feira, uma conferência online para combater o estigma associado ao vírus Monkeypox. Na conferência, vão participar especialistas e ativistas LGBTI+, que falarão ainda acerca da doença e dos respetivos sintomas.
A organização portuguesa tem como objetivo promover, na população portuguesa, uma maior literacia na saúde, de forma a compreender melhor o vírus. "A varíola dos macacos e a forma como se iniciou a comunicação mundial pode trazer alguns estigmas. Na Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, queremos debater o tema, os sintomas, a doença, mas também a preocupação para uma melhor compreensão da doença na perspetiva de não causar estigma, de ouvir e agir sem preconceitos", explica a presidente da sociedade, Cristina Vaz de Almeida, em comunicado.
No encontro, também se analisarão as consequências que o preconceito tem na prestação de cuidados médicos, os medos provocados pelas crises de saúde pública, as estratégias que devem ser adotadas para comunicar com os doentes e a saúde mental. A presidente do conselho científico da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde alerta que "é necessário atender às questões nefastas que o estigma pode provocar na própria segurança dos cuidados e, por isso, é importante abrir ao debate público".
Entre os presentes na conferência, estão entidades ligadas à Saúde, como a presidente do conselho científico da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, Isabel Fragoeiro, a enfermeira Susana Ramos e os médicos José Feliz e Francisco Silva. Participarão, também pessoas associadas ao ativismo e à comunicação, nomeadamente Laetitia, do Gabinete de Ativistas em Tratamento, e a especialista em comunicação de saúde, Vânia Lima.