O Livre, que concorreu pela segunda vez às eleições legislativas, conseguiu eleger uma deputada para o Parlamento, pelo círculo eleitoral de Lisboa.
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"É uma enorme responsabilidade. Todos os nossos eleitores estão à espera de uma ação anti-fascista, anti-racista e de uma ótica equalitária", disse Joacine Katar-Moreira.
O Livre alcançou mais 16326 votos, comparando com os resultados de 2015, quando o partido não elegeu qualquer deputado. O partido passou dos 39 mil votos alcançados em 2015 para 55 mil, dos quais mais de 22 mil no círculo de Lisboa.
"É uma alegria enorme entrarmos hoje numa verdadeira frente democrática". Sobre um eventual entendimento com o PS, a agora deputada disse que o Livre está "completamente disponível para dialogar com qualquer força. Mas é necessário que o primeiro-ministro nos informe sobre as suas atenções e objetivos".
O Livre defende o alargamento da nacionalidade para os filhos de imigrantes, através da atribuição imediata da nacionalidade portuguesa aos nascidos em Portugal, assim como a criação de quotas étnico raciais.
Em entrevista à agência Lusa durante a pré-campanha eleitoral, Joacine Katar Moreira defendeu esta medida para "reduzir assimetrias estruturais que só com dezenas de anos é que iam ser resolvidas".