
Rui Tavares reclama do Governo "sinais de abertura" para acolher propostas de alteração apresentadas pelo Livre ao Orçamento do Estado
Tiago Petinga/Global Imagens
O Livre avisou, esta segunda-feira, que espera ver do Governo "sinais de abertura" para acolher, na especialidade, propostas do partido de alteração ao Orçamento do Estado para 2022.
"Antes da especialidade, queremos começar a ter sinais de abertura de que estas medidas serão tidas em conta", deixou claro o deputado único do Livre, Rui Tavares, no final de uma reunião com os ministros das Finanças e dos Assuntos Parlamentares respetivamente Fernando Medina e Ana Catarina Mendes, no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2022.
Em causa, sobretudo três propostas de alteração na especialidade que o Livre considera essenciais que sejam acolhidas, como a criação de uma rede elétrica de transporte escolar que seja aproveitada para apoio à sociedade como à terceira idade.
O Livre reclama também a criação de uma "unidade de missão" para um novo plano verde. E a implementação de um programa que denomina de "três C" ("Casa, Conforto e Clima"), que visa "baixar a fatura energética e ajudar a salvar o planeta".
É que, segundo o deputado único Rui Tavares, os atuais programas do Governo de apoio à redução da fatura energética das famílias não são suficientes uma vez que não chegam às mais desfavorecidas economicamente.
"Temos uma visão diferente do Governo em relação ao atual momento económico e financeiro. O Governo olha para as implicações do ponto de vista conjuntural. O Livre olha do ponto de vista estrutural", destacou Rui Tavares.
O partido encara o atual momento como uma oportunidade. "Não devemos olhar para o atual Orçamento apenas como um Orçamento de transição. É o Orçamento que vai enfrentar os primeiros ímpetos de uma crise social", advertiu Rui Tavares.
