Luís, investigador, 27 anos: voltar à casa dos pais depois da independência
Depois de partilhar casa com amigos, o salário de Luís não chega para suportar renda e a precariedade trava crédito.
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Investigador e estudante de doutoramento. 27 anos. Estudou e trabalha no Porto. Depois de ter partilhado a casa com dois amigos, um T3, durante um ano e meio, teve de voltar a casa dos pais, na vila da Sobreira, em Paredes, porque não conseguia com o salário suportar a renda de uma casa. A taxa de esforço era demasiada. Tudo se complicou durante a pandemia de covid-19: passava cada vez menos tempo na casa que alugava e a precariedade do trabalho não ajudava nas contas.
No apartamento T3, pagava 180 euros pelo quarto. A incerteza da renovação do contrato de trabalho levou-o a desistir do contrato de arrendamento. Quando voltou a ter mais um pouco de estabilidade no emprego, a renda do mesmo apartamento já estava muito mais alta. “Para além da taxa de esforço que eu estava disposto a dar”, acrescenta Luís, ao JN.