Mais de uma centena de militantes do Chega pediu a filiação no CDS-PP, o que, para o líder dos centristas, Nuno Melo, comprova que o partido ainda tem "vitalidade" e reúne todas as condições para regressar ao Parlamento.
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O regresso ao CDS-PP de mais de uma centena de militantes do Chega é o "condimento especial" da tomada de posse da distrital do Porto e das concelhias de Amarante, Baião, Lousada, Paredes, Santo Tirso, Trofa, Valongo e Vila Nova de Gaia, que decorre esta sexta-feira, pelas 20 horas, em Gaia.
"Regressam sobretudo do Chega mas também há alguns que vieram do Aliança e de outros partidos", especifica o líder do CDS-PP, Nuno Melo, convicto de que trata da prova da "vitalidade do partido". "Se o CDS não tivesse esta vitalidade, não havia pessoas a regressar", constata.
Para Nuno Melo, o regresso ao CDS-PP de militantes do Chega mostra que os centristas não "estão a ser engolidos", como garantiu André Ventura, e que o partido tem todas as condições para regressar ao Parlamento, nas legislativas de 2026.
"Isto mostra também que o CDS é uma casa onde as pessoas podem fazer política em total liberdade, um partido confiável, seguro, com doutrina e onde se pratica a democracia e a liberdade", vinca ainda Nuno Melo, referindo-se às principais razões apontadas para o regresso.
Segundo o líder do CDS-PP, os militantes que regressam justificaram a desvinculação do Chega devido à "falta de democracia interna". "Quando verbalizam o regresso, falam na falta de democracia interna, na impossibilidade de divergir da opinião do líder, no facto de as estruturas locais serem nomeadas e não puderem ser eleitas. Acham ainda que há uma certa instrumentalização do partido por igrejas", revela Nuno Melo, contrapondo: "O CDS é um partido que respeita todas as igrejas mas com um enquadramento laico".