Manuel Pizarro eleito líder da delegação do PS na Europa salienta "linha de continuidade"
Eleito esta terça-feira com oito votos a favor e um branco, Manuel Pizarro vai suceder a Carlos Zorrinho na liderança da delegação portuguesa do Partido Socialista no Parlamento Europeu (PE). Ao JN, Pizarro realça a "linha de continuidade" das posições dos socialistas na Europa e define como prioridades dar mais ênfase a temas nacionais no PE e aproximar os portugueses de temas europeus.
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"Há um trabalho muito valioso que foi feito nos últimos anos, e que precisa de continuar a ser feito no dia-a-dia para que as importantes posições portuguesas se mantenham no Parlamento Europeu", disse o recém-eleito ao JN.
Manuel Pizarro pretende aproximar os problemas europeus dos cidadãos portugueses. Considera que é necessário cultivar a consciência europeia dos portugueses e consciencializar as pessoas de que "o que se passa na União Europeia tem hoje uma intervenção direta no nosso dia-a-dia e na definição das próprias políticas nacionais".
Questionado sobre se sente um certo distanciamento dos portugueses em relação às instituições europeias, Pizarro destaca que Portugal é um "dos povos mais europeístas da União", apesar de muitas vezes se sentir que esses temas estejam "arredados da literacia da maior parte dos portugueses". É importante fomentar essa consciência, realça.
União Europeia da Saúde
Manuel Pizarro considera que a pandemia veio expor a necessidade de criar uma maior intervenção Europeia no sentido de "assegurar a todos os cidadãos o igual acesso à evolução tecnológica no domínio da saúde".
Ciente de que há muitas resistências ao projeto já anunciado pela presidente da União Europeia, Pizarro reconhece que é preciso "muito trabalho" para que a União Europeia da Saúde passe das intenções à realidade.
Enquanto líder da delegação do PS, Pizarro lembra a pandemia e invasão da Rússia à Ucrânia enquanto eventos "perturbadores" para a vida também no contexto da União Europeia, que têm de ser superados através de uma unidade cuidadosamente cultivada entre Estados.
"Essa unidade tem de ser cuidadosamente cultivada, porque é preciso que o essencial dos grupos políticos europeus se mantenham firmes nesse propósito de dar uma resposta clara aos desafios causados pela invasão Russa. Eu diria que é uma das nossas dificuldades", disse.