O presidente da República desvaloriza o relatório do BCE que denuncia a ausência de medidas para corrigir desequilíbrios macroeconómicos excessivos e defende a aplicação de uma multa de 190 milhões de euros a Portugal.
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A notícia foi avançada pelo "Expresso" na sua edição online, dando conta de que Belém considerava "inacreditável e inaceitável" que o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) concorde com a aplicação de sanções a a Portugal, alegando desequilíbrios macroeconómicos excessivos, com base numa fonte da Casa Civil.
Mas pouco depois, o próprio Marcelo Rebelo de Sousa declarou ao semanário que "o presidente da República é o único porta-voz de Belém e esclarece que não se pronunciou sobre qualquer pretensa ameaça do BCE de multas a Portugal".
O chefe de Estado acrescentou que acha um erro estar a valorizar "relatórios técnicos do BCE".
Em causa está um relatório divulgado, na segunda-feira, pelo "Jornal de Negócios", segundo o qual o BCE considera que Portugal não tem adotado as medidas necessárias nos últimos três anos para corrigir desequilíbrios macroeconómicos excessivos, defendendo a aplicação de uma multa de cerca de 190 milhões de euros.