Número de casos tem vindo a aumentar mas direção-geral garante "que não há qualquer surto de covid-19 ativo" no sistema prisional.
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Uma médica do Estabelecimento Prisional (EP) do Porto está infetada com o novo coronavírus, confirmou ontem a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). Além da médica, há dois enfermeiros da cadeia que continuam com diagnóstico positivo para a covid-19, e o número de guardas prisionais infetados subiu de quatro para cinco.
Fonte do EP do Porto contou ao JN que um daqueles guardas está internado no serviço de Cuidados Intensivos do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, mas a DGRSP não se pronunciou sobre esta informação, depois de questionada pelo JN. Quanto à médica infetada, indicou apenas que trabalha no EP do Porto em regime de avença.
Um preso positivo
A prisão, situada em Custóias, Matosinhos, tem uma área dedicada a presos infetados. Ontem, a DGRSP disse que se mantinham ali "oito reclusos oriundos de outros estabelecimentos prisionais" (o mesmo número de quinta-feira passada), mas também confirmou que um preso daquela unidade prisional testou, entretanto, positivo.
Ainda assim, a direção-geral liderada por Rómulo Mateus também garantiu, ainda ontem, "que não há qualquer surto de covid-19 ativo em nenhum estabelecimento prisional".
Ao todo, as cadeias portuguesas registavam, ao dia de ontem, um total de 65 casos positivos (mais 12 do que na última quinta-feira): 19 reclusos e 46 trabalhadores (25 guardas prisionais, dois auxiliares técnicos, oito profissionais de saúde, um técnico superior de reeducação, quatro professores, cinco técnicos profissionais de reinserção social e um motorista).
Além destes doentes, estão ainda infetados com o novo coronavírus dois jovens que se encontram internados em centros educativos.