Na sequência das greves regionais convocadas pelo Sindicato Independente dos Médicos, os serviços dos hospitais e centros de saúde no Norte poderão ser afetados nos próximos dois dias. Os médicos do Norte têm uma paralisação marcada para quarta e quinta-feira.
Corpo do artigo
Depois da greve regional no Algarve, Alentejo e Açores no final do mês de agosto, segue-se uma paralisação no Norte do país, marcada para estas quarta e quinta-feira.
Após vários meses de negociações entre os sindicatos médicos e o Governo, ainda não há nenhum acordo. Para demonstrar o descontentamento da classe profissional em relação às condições de trabalho, o Sindicato Independente dos Médicos tem marcado várias paralisações.
O sindicato espera que os ministros das Finanças e da Saúde apresentem "uma proposta de grelha salarial que reponha a Carreira das perdas acumuladas por força da erosão inflacionista da última década e que posicione com honra e justiça toda a Classe Médica, incluindo os médicos internos, na Tabela Remuneratória Única da função pública".
Durante quarta e quinta-feira os serviços dos hospitais e dos centros de saúde do Norte podem ser afetados, à semelhança do que tem acontecido com as últimas greves, tendo todas superado os 80% de adesão.
O Hospital de São João e o Hospital de Santo António, no Porto, o Hospital de Braga, o Hospital de Famalicão e o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, são alguns dos principais hospitais que podem ter os serviços condicionados durante os próximos dois dias, mas o protesto atingirá todos. A greve poderá também afetar o Instituto Português do Sangue e Transplantação, do Porto, e o Instituto de Medicina Legal do Norte.
O sindicato já anunciou uma paralisação para os dias 13 e 14 de setembro em Lisboa e Vale do Tejo e nos dias 20 e 21 novamente no Norte