Médicos veem acordo difícil e sucedem-se anúncios de fechos de urgência
Os sindicatos e o Ministério da Saúde ainda estão reunidos, esta terça-feira à noite, e a expectativa é que a ronda negocial se prolongue. Durante a negociação, vários serviços de urgência anunciaram que vão ter constrangimentos no funcionamento a partir desta quarta-feira, 1 de novembro.
Corpo do artigo
A contraproposta do Governo, apresentada aos sindicatos médicos antes do início da reunião desta terça-feira, foi o ponto de partida para mais uma ronda negocial, marcada por uma pausa inusitada da Federação Nacional dos Médicos (FNAM). O intervalo gerou um impasse nas negociações, interrompidas por uma hora. "Estamos muito longe do acordo", afirmou o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM). Durante a negociação, que ainda está a decorrer, mais hospitais anunciaram que não conseguem garantir as escalas de urgência por 24 horas. No Santa Maria, bastante pressionado, a maioria dos pediatras pediu escusa de responsabilidade.
Durante a noite desta terça-feira, as duas estruturas sindicais e o Governo continuavam a negociar (depois de uma pausa para jantar), sem que houvesse aproximação sobre a questão salarial: os sindicatos reclamam 30% de aumento para todos os médicos, o Governo só admitia 5%.