O presidente da República afirmou, esta quinta-feira, que as medidas anunciadas pelo Governo para a habitação são "uma folgazinha importante no imediato". Em Nova Iorque, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu o pacote como um "paliativo" - a mesma palavra utilizada, horas antes, pelo líder do Chega.
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"É uma folgazinha importante para as famílias no imediato", afirmou o chefe de Estado, questionado sobre as medidas para a habitação. Estimando que estas cheguem a Belém esta sexta-feira ou "na semana que vem", comprometeu-se a apreciá-las "com urgência".
Lembrando que a "causa fundamental" das dificuldades na habitação - a subida das taxas de juro - "não depende da vontade dos Governos" e sim do Banco Central Europeu, o presidente disse estar à espera de que os diplomas aprovados sejam, sobretudo, um "paliativo".
Dessa forma, Marcelo acredita que as medidas tenham sobretudo como objetivo "minimizar" os efeitos da subida dos juros e "ganhar fôlego" para o futuro, esperando por "melhores dias". Também crê que possam servir para "retirar argumentos aos populistas" na antecâmara das eleições europeias, marcadas para junho de 2024.
Sobre o pacote "Mais Habitação" - que vetou em agosto e que o PS irá confirmar, esta sexta-feira, no Parlamento, fazendo uso da maioria absoluta -, Marcelo Rebelo de Sousa foi pragmático: "O presidente da República, por força da Constituição, deve promulgá-lo", afirmou, lembrando que está obrigado a isso.