Metade dos municípios da Área Metropolitana do Porto vai mudar de autarca em 2025
PSD e PS têm três cada um a cumprir último mandato. Rui Moreira, independente, e CDS são os restantes.
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Após as últimas eleições autárquicas, quase metade dos 17 autarcas dos municípios que compõem a Área Metropolitana do Porto (AMP) - oito - estão de malas aviadas para, dentro de quatro anos, passarem a pasta, ao abrigo da lei de limitação de mandatos.
Rui Moreira, no Porto, (que tomou na quarta-feira posse para o terceiro e último mandato) é o único independente nessa situação. A maioria é composta por autarcas do PS: Eduardo Vítor Rodrigues em Gaia, Marco Martins em Gondomar, e José Manuel Ribeiro em Valongo.
Do CDS-PP há apenas um autarca a cumprir o terceiro mandato, José Alberto Soares Pinheiro e Silva, em Vale de Cambra. Já o PSD tem mais quatro anos para ponderar e escolher três novos autarcas para Santa Maria da Feira, Póvoa de Varzim (um bastião do PSD que, antes de Aires Pereira, teve Macedo Vieira como presidente da Câmara durante 20 anos) e ainda Trofa, jovem município que mantém uma tendência política de direita quase desde a sua conceção, à exceção do mandato de 2009, quando o PS teve a maioria dos votos.
Reconquistas
Dois municípios, Espinho e Vila do Conde, foram reconquistados pelo PS. No primeiro, Miguel Reis venceu no com maioria absoluta e retirou ao PSD a gestão do concelho após três mandatos de Joaquim Pinto Moreira. Em Vila do Conde, abriram-se muitas bocas de espanto com a derrota de Elisa Ferraz, candidata independente que há quatro anos se zangou com o seu partido, o PS de Mário Almeida. Pois foi o mesmo PS que foi agora roubar-lhe grande parte dos votos, deixando a independente longe da vitória. Ainda assim, Elisa Ferraz garantiu que vai cumprir o seu mandato enquanto vereadora da oposição.
Os presidentes das câmaras municipais da Maia (PSD), Arouca, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Paredes, Matosinhos e Santo Tirso (PS) têm ainda de se concentrar na conquista de um novo mandato, em 2025, para, só depois, começarem a pensar numa alternativa de forma a manterem a governação dentro das mesmas cores partidárias.