Marta Temido afirmou esta segunda-feira que o Ministério da Saúde tem uma "grande preocupação" quanto aos atrasos na realização de juntas médicas no país, que chega a ser de dois anos, assumindo que a pandemia trouxe constrangimentos neste domínio.
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A ministra reagia à notícia do Público de que o tempo de espera para aceder a uma junta médica chega a ser de dois anos e de que, nos primeiros cinco meses deste ano, a provedora da Justiça recebeu 133 queixas relacionadas com a realização de juntas médicas e emissão de atestados multiuso.
"Também ao Ministério têm chegado relatos frequentes de que as pessoas não estão a conseguir ter a resposta que gostaríamos. Vivemos numa situação de pandemia que atrasou esta resposta que já sofria alguns constrangimentos", referiu a governante.
Mas, salientou, o país vive uma situação assimétrica. "Ainda hoje aqui o senhor diretor executivo dizia que no Agrupamento de Centros de Saúde Tâmega II Vale do Sousa Sul o tempo de resposta é de um mês", deu como exemplo, à margem de uma cerimónia de assinatura de autos de transferência no âmbito do processo de descentralização de competências para as autarquias, neste caso de Castelo de Paiva, Paredes e Penafiel.
Marta Temido afiançou que o Governo está a trabalhar "no sentido de responder atempadamente também nos outros pontos". "As juntas médicas foram reforçadas, em termos de equipas afetas e em termos, também, de contratação de meios para lhes responder", acrescentou.
"Vamos continuar a trabalhar porque, de facto, esses números são muito preocupantes. Este é um tema cujo impacto na vida das pessoas é significativo e estamos a fazer as contratações possíveis para melhorar a resposta, mas ainda estamos longe daquilo que gostaríamos", assumiu.