O presidente da Câmara de Lisboa considerou que a Aliança Democrática (AD) representa o "futuro", contra uma Esquerda que "tem medo da audácia". Carlos Moedas também destacou a urgência da criação de uma política de imigração que dê "dignidade" a quem entra em Portugal, de modo a reverter o atual "drama humanitário".
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Frisando que a missão da AD é ter a "audácia" de falar para os portugueses que "sentem receio do futuro", Moedas puxou dos galões do seu trabalho na capital. Lembrou que a fábrica de unicórnios (empresas emergentes) que criou foi "ridicularizada" pelo PS e atirou: "Provámos a essa Esquerda que a audácia traz resultados".
Moedas também atacou o líder do PS, Pedro Nuno Santos, que "decidiu mal e gastou o dinheiro do contribuinte" quando esteve no Governo. Criticou-o ainda pela "irresponsabilidade" evidenciada nessa altura, visando igualmente os socialistas por terem uma visão "dirigista" da economia.
"O PS quer que o Governo escolha os presidentes das empresas, escolha as empresas e ainda dê dinheiro às empresas amigas. É essa a política económica do PS", sustentou. A esta concepção contrapôs a "audácia que cuida mas não se apropria das nossas vidas".
Moedas afirmou ainda que o PSD melhorou o país "sempre que os portugueses nos deram o voto". Disse ter sido assim com Sá Carneiro, Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho, um Governo ao qual teve "muita honra" de pertencer.
Vincando que a AD e o PS são "diferentes em tudo", o autarca mostrou-se perplexo pelo facto de os socialistas falarem de habitação, tendo em conta o estado desse setor. Também acusou "o PS e a extrema-esquerda" de terem "acabado com a política de imigração" no país.
Nesse sentido, Moedas frisou a necessidade de Portugal implementar uma "política de imigração clara" e que dê "dignidade" a quem entra no país. Lembrou que, no passado, foi criticado por ter falado no tema - há um ano, o presidente da República pediu-lhe "bom senso" por falar de um "tema tão sensível" - e disse que os problemas que se vivem a esse respeito refletem "o país do PS".
Moedas reconheceu que Lisboa vive hoje um "verdadeiro drama humanitário" no que toca a sem-abrigo, sendo que "metade" dos moradores de rua "são estrangeiros".