O líder do PSD, Luís Montenegro, congratulou-se, esta quarta-feira, com o anúncio do primeiro-ministro do pagamento de uma prestação extraordinária de 240 euros aos mais desfavorecidos, considerando que vem "dar razão àquilo que o PSD disse há meio ano".
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"Quando o doutor António Costa se inspira nas ideias do PSD, ele faz algumas coisas bem feitas. Quero saudar o doutor António Costa por dar razão àquilo que o PSD lhe disse há quase meio ano", afirmou Luís Montenegro.
O primeiro-ministro anunciou hoje o pagamento de uma prestação extraordinária de 240 euros para um milhão de famílias que recebem prestações mínimas ou que beneficiem da tarifa social da energia.
A medida será aprovada em Conselho de Ministros na quinta-feira e foi anunciada durante uma entrevista à revista Visão. A entrevista será divulgada na íntegra igualmente na quinta-feira.
O presidente dos sociais-democratas lembrou que, na altura da discussão do Orçamento do Estado para 2023, tinha antecipado que o Governo ainda ia ter mais necessidades de apoio às famílias mais atingidas pela inflação e pelo aumento dos preços.
"Eu venho fazendo isto deste abril. Eu desde abril que chamei a atenção do Governo que era preciso ter um programa de emergência social, para as famílias que são mais atingidas (e também as empresas) pelo aumento dos bens fundamentais (alimentação combustíveis e eletricidade)", salientou.
Luís Montenegro sublinhou ainda que na altura foi "muito criticado" e que o primeiro-ministro achou que os sociais-democratas "estavam a ser muito paternalistas e caritativos".
"Tivemos a ocasião, no verão (mesmo antes do Governo), de propor um apoio social direto com soluções especificas para alguns segmentos da população. Por isso, propusemos que houvesse uma descida do IRS para o 3º, 4º e 5º escalão do IRS e entendemos que devia haver um apoio direto para o universo que o primeiro-ministro hoje identificou que é basicamente composto pelas pessoas que tem acesso à tarifa social de eletricidade e às prestações mínimas", salientou.
O líder social-democrata disse ainda acreditar que as ajudas não vão ficar por aqui.
"Creio que o doutor António Costa se equivocou quando achou que a inflação era passageira. Ela não só não foi e não é passageira como está a tardar em poder baixar para um nível que permita às pessoas recuperar poder de compra para os bens essenciais", concluiu.