A segunda semana de aulas começa esta segunda-feira com uma greve a todo o serviço, convocada pelo S.TO.P., para todos os profissionais das escolas, que se estende até sexta-feira, e não foram pedidos serviços mínimos.
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Quais as principais reivindicações este ano?
Basicamente as mesmas: a recuperação do tempo de serviço que esteve congelado (seis anos, seis meses e 23 dias). Um novo regime de aposentação e o fim das quotas na avaliação de desempenho e das vagas para acesso ao 5.º e 7.º escalões.
O acelerador nas progressões vai contribuir para reduzir a contestação?
A medida não mereceu a concordância dos sindicatos. De acordo com o Governo, vai abranger cerca de 60 mil professores que podem aspirar, assim, aos três últimos escalões da carreira. As organizações frisam que esse universo corresponde a metade da classe.
Quais os diplomas em cima da mesa?
A desburocratização dos procedimentos administrativos, há muito reivindicada pelos professores, e a vinculação de técnicos especializados foi colocada pelo Governo em cima da mesa negocial e as organizações aguardam novas reuniões.
Vai haver mudanças na monodocência?
Em abril, durante as negociações, o ministro anunciou que o Governo quer acabar com “a discriminação” na redução das horas letivas e dar isenção aos educadores e professores de 1.º Ciclo a partir dos 60 anos. Os sindicatos aguardam por proposta.
A “casa às costas” vai acabar?
Quase oito mil professores entraram nos quadros este mês, 2400 pela norma-travão e quase 5600 pela vinculação dinâmica. Mas, no próximo ano, estes docentes terão de concorrer para todo o país. Sem apoios às deslocações, as organizações garantem que os professores vivem de “mochila às costas”.
Quais as ações marcadas no calendário?
O Dia Mundial do Professor é a 5 de outubro e essa semana (de 2 a 6) será dedicada à classe na Europa e em Portugal. As nove organizações sindicais vão espalhar “outdoors” e mupis nas autoestradas e colocar pendões nas escolas. Estão agendados plenários nacionais e uma conferência internacional, além da greve do dia 6. Após a entrega da proposta de OE, no dia em que João Costa for ao Parlamento explicar as verbas para a Educação, os professores “vão para a rua”, avança Mário Nogueira. Será esse o momento em que a classe voltará “a ser consultada” sobre as futuras ações.