Presidente da República bate todos os recordes de popularidade desde que existe barómetro da Universidade Católica.
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Marcelo Rebelo de Sousa é um verdadeiro campeão de popularidade. Aquilo que já se intuia, fica confirmado com a avaliação dos portugueses às principais figuras políticas: o presidente da República não só surge muito destacado relativamente a todos os líderes partidários como quebra todos os recordes, com uma nota média de 16,3 (numa escala de 0 a 20) e 97% de avaliações positivas entre os inquiridos pelo CESOP.
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Como acrescenta João António, é a avaliação média mais elevada desde que a Universidade Católica começou a fazer este barómetro, em novembro de 2004. Uma popularidade que contrasta, por outro lado, com a má imagem de Cavaco Silva, que na última sondagem marcava uma nota de 7,7 e 48% de avaliações positivas.
No outro extremo desta avaliação está Pedro Passos Coelho, que mantém a nota de 8,9 conseguida em dezembro do ano passado. A avaliação negativa do líder do PSD destaca-se ainda pelo facto de, ao contrário do habitual, todos os restantes líderes partidários conseguirem nota positiva.
Um indicador, diz o especialista do CESOP, "de alguma conciliação após o período de crispação que seguiu às eleições legislativas".
Neste particular, Assunção Cristas ultrapassa claramente o seu antecessor na presidência do partido: Paulo Portas despediu-se, em dezembro passado, com uma nota de 6,7 e apenas 37% de avaliações positivas, que comparam com os 10,1 e 70% de avaliações positivas de Cristas.
Que fica, ainda assim, abaixo dos líderes dos partidos mais à Esquerda, e em que Catarina Martins (11,6) bate Jerónimo de Sousa (10,5). André Silva, líder e deputado do PAN, consegue 9,7.
Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pelo CESOP-Universidade Católica Portuguesa para o Jornal de Notícias, a Antena 1, a RTP e o Diário de Notícias nos dias 19 a 22 de novembro de 2016. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal Continental. Foram selecionadas aleatoriamente dezoito freguesias do país, tendo em conta a distribuição da população recenseada eleitoralmente por regiões NUT II e por freguesias com mais e menos de 3200 recenseados. A seleção aleatória das freguesias foi sistematicamente repetida até que os resultados eleitorais das últimas eleições legislativas nesse conjunto de freguesias (ponderado o número de inquéritos a realizar em cada uma) estivessem a menos de 1% dos resultados nacionais dos cinco maiores partidos. Os domicílios em cada freguesia foram selecionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada domicílio o próximo aniversariante recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 977 inquéritos válidos, sendo 57% dos inquiridos do sexo feminino, 34% da região Norte, 23% do Centro, 29% de Lisboa, 6% do Alentejo e 8% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários, região e habitat na base dos dados do recenseamento eleitoral e das estimativas do INE. A taxa de resposta foi de 70%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 977 inquiridos é de 3,1%, com um nível de confiança de 95%.
* A taxa de resposta é estimada dividindo o número de inquéritos realizados pela soma das seguintes situações: inquéritos realizados; inquéritos incompletos; e recusas.