O candidato à liderança do CDS-PP Nuno Melo acusou, esta sexta-feira, o líder dos centristas de falta de "maturidade democrática". Em causa, o recuo de Francisco Rodrigues dos Santos ao admitir adiar o congresso.
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O eurodeputado e candidato à liderança do CDS-PP, Nuno Melo, atacou, esta sexta-feira, Francisco Rodrigues dos Santos por ter ter dado "o dito por não dito" e ter admitido, quinta-feira, que poderá ser melhor adiar o congresso do partido, se o Orçamento do Estado não for aprovado,.
"A falta de maturidade democrática não durou nem sequer uma semana e prejudica gravemente a imagem da Instituição que é o CDS. Quem comanda não tem medo. A liderança não anda ao sabor do vento", afirmou Nuno Melo, lembrando que foi Francisco Rodrigues dos Santos quem insistiu, no Conselho Nacional de domingo, na antecipação do congresso.
Acusando "Chicão" de "mimetizar a estratégia e as declarações do PSD e do seu presidente", Nuno Melo, defendeu: "Um partido de oposição não marca e desmarca congressos porque o primeiro-ministro faz ameaças. Uma Direita confiável não vai atrás das perturbações internas da "geringonça", nem condiciona a sua estratégia às armadilhas do poder socialista".
Face ao recuo de Francisco Rodrigues dos Santos, Nuno Melo avisa que, agora, o congresso será feito na data marcada, 27 e 28 de novembro e, caso a liderança tente efetivamente recuar, o eurodeputado não terá "outra alternativa que não seja recorrer a todos os militantes, mobilizando todos os apoios", no sentido do cumprimento dos estatutos.
"Os militantes do CDS merecem respeito e nunca deixarei que sejam privados dos seus direitos democráticos mais legítimos", garante Nuno Melo, acusando ainda a liderança do partido de "um zigue-zague permanente".