Nuno Melo condena participação portuguesa em flotilha "panfletária" e "irresponsável"
O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, classificou esta quinta-feira como panfletária e irresponsável a participação de portugueses na flotilha humanitária rumo à Faixa de Gaza, sublinhando estar sempre "pelo lado da democracia e da liberdade".
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"Manifestamente, constato uma iniciativa panfletária, que considero irresponsável, em direção a um território ocupado por uma organização terrorista, responsável por um ataque que vitimou mais de 1200 pessoas em Israel", disse em declarações a jornalistas numa ação de campanha eleitoral autárquica no mercado municipal de Mondim de Basto, Vila Real, recolhidas pelo canal Now.
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O presidente do CDS-PP afirmou que o movimento islamista Hamas "oprime minorias, sejam elas religiosas ou pessoas em função daquilo que é a sua orientação sexual".
"É para apoio a uma organização assim, considerada terrorista pela União Europeia, que estas pessoas [três cidadãos portugueses, incluindo a coordenadora do BE, Mariana Mortágua] se mobilizam em direção a um território que está em guerra?", lamentou Melo.
O membro do executivo liderado pelo social-democrata Luís Montenegro confiou nas "autoridades que representam um estado democrático", desejando que Israel "se comporte agora como isso mesmo, devolvendo os cidadãos portugueses e os outros aos seus países de origem e tratando-os com respeito pelos direitos que lhes cabem".
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A porta-voz do grupo italiano de ativistas participantes na ação humanitária "Global Sumud" (Resistência Global, em Árabe), Maria Elena Delia, declarou hoje que 39 navios da flotilha foram intercetados pelas Forças de Defesa de Israel, (IDF, na sigla inglesa), seguindo ainda para a Faixa de Gaza alguns navios mais pequenos, que devem ter o mesmo destino.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano, as tripulações foram levadas para o porto de Ashdod e mantidas em centros de detenção específicos, onde poderão aceitar a expulsão voluntária imediata ou rejeitá-la e aguardar decisão judicial.
Entre os detidos encontram-se a deputada e líder bloquista, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.