BE critica Governo e diz não ter informações sobre portugueses da flotilha detidos
O dirigente do BE Fabian Figueiredo lamentou a falta de resposta do Governo ao pedido de audiência dos bloquistas e disse não ter novidades desde as detenções dos portugueses na flotilha que se dirigia para Gaza.
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Numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, sobre a interseção, pela Marinha de Israel, de 39 embarcações integradas na flotilha que se dirigia para Gaza, Fabian Figueiredo lamentou que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, "apesar da insistência", não tenha respondido ao pedido de audiência do BE, cuja líder, Mariana Mortágua, se encontra entre os detidos por Israel.
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O dirigente bloquista saudou, no entanto, a postura do presidente da República, que considerou "inexcedível", salientando a disponibilidade de Marcelo Rebelo de Sousa para uma audiência esta tarde no Palácio de Belém.
Fabian Figueiredo disse ainda não ter qualquer informação sobre a situação de Maria Mortágua, Sofia Aparício e Miguel Duarte desde a sua detenção, criticando o Ministério dos Negócios Estrangeiros por não prestar qualquer esclarecimento.
"Toda a informação de que dispomos, e é pouca, é aquela que é publicada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, nas redes sociais. Isto não é aceitável, não é aceitável, três cidadãos portugueses, está em paradeiro desconhecido, não haver um canal de informação", lamentou.
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Segundo Itália, 39 embarcações integradas na flotilha humanitária foram intercetadas pela Marinha de Israel, sendo que uma foi abalroada em águas internacionais, de acordo com a organização da flotilha "Global Sumud".
Entre os detidos encontram-se a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz portuguesa Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje esperar que os três cidadãos portugueses detidos por Israel possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.