Uma nuvem de partículas de fumo, com origem nos incêndios do Canadá, está a chegar a Portugal. Qual é a sua constituição e que riscos pode trazer para a saúde?
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De onde surgiu a nuvem de partículas de fumo?
A nuvem de partículas surgiu dos incêndios florestais que têm afetado o Canadá nas últimas semanas. Os incêndios têm emitido gases para a atmosfera que, através do vento, acabam por ser transportados e dispersos para outros territórios.
De que é composta a nuvem?
Os incêndios libertam gases tóxicos como o dióxido de carbono, o monóxido de carbono e os óxidos de azoto, por exemplo.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, esta nuvem é constituída por partículas muito pequenas (< 2.5 micrometros) e por gases, sobretudo monóxido de carbono.
Quando chega a Portugal Continental?
Depois de ter ocorrido uma circulação ciclónica, associada a uma depressão centrada a noroeste dos Açores, que terá promovido o transporte a larga escala dos gases ao longo do Atlântico Norte, as partículas chegaram à região dos Açores.
Este domingo as partículas de fumo já começaram a afetar as ilhas dos Açores e nas próximas horas a nuvem deverá chegar a Portugal Continental.
O que poderá causar de risco para a saúde pública?
Segundo a previsão do serviço CAMS (programa Copernicus), a nuvem está confinada acima dos 1100 metros de altitude, o que não deverá afetar as populações que se encontram abaixo deste nível. Mas deverá causar uma redução da visibilidade e uma diminuição do brilho do Sol e do tom azul do céu.
De acordo com o IPMA, a concentração dos gases é inferior aos limites estabelecidos e, por isso, não deverão constituir uma ameaça para a saúde humana.