Maioria dos casos são de pessoas sem doença que querem preservar fertilidade, SNS sem resposta para casos não médicos. Decisão custa três mil euros por cinco anos.
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Há cada vez mais pessoas saudáveis a procurar preservar o seu potencial reprodutivo e a maioria são mulheres que optam por prolongar o horizonte da maternidade. Devido à falta de capacidade no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para casos de ordem não médica, às clínicas privadas chegam cada vez mais mulheres - algumas vindas do estrangeiro - que procuram esta opção por razões pessoais ou profissionais, dispostas a pagar entre 2500 e 3 mil euros para congelarem óvulos durante cinco anos. A posterior manutenção por mais anos ou a utilização para uma gravidez tem outros custos, que variam consoante as clínicas.
Em 2020, segundo o último relatório do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) - publicado em março deste ano -, foram realizados 981 atos de criopreservação, dos quais 467 dizem respeito a pessoas sem doença. Mais 97 em comparação com o ano anterior e mais 244 do que em 2018.