A líder do PAN, Inês Sousa Real, considera "bastante grave" o envolvimento de ministros e de pessoas próximas do primeiro-ministro neste processo de investigação sobre os negócios do lítio. Apesar de respeitar a "presunção de inocência", entende que, com João Galamba arguido, não há condições para mantê-lo no Governo.
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Inês Sousa Real apela ao primeiro-ministro, António Costa, para que demita o ministro das Infraestruturas: " O apelo do PAN é a António Costa, para que não mantenha João Galamba no Governo. Volte a uma maioria dialogante e que dê cumprimento às deliberações da Assembleia da República e que olhe para este mau exemplo do lítio e do hidrogénio e que faça esse exercício" de transparência" em relação a outros grandes projetos que temos no país, como são os caso do novo aeroporto de Lisboa, da TAP e da venda da Efacec.
Aliás, para o PAN, "já há muito tempo que o ministro João Galamba não reúne as condições para manter-se em funções. Foi com incredulidade que verificámos que António Costa optou por manter o ministro em funções, quando já o deveria ter demitido aquando da trapalhada da TAP. Soma-se, a isto, um clima público de suspeição relacionado com os negócios do lítio e do hidrogénio verde".
Inês Sousa Real lamenta mais uma "machadada na confiança dos cidadãos na política e naquilo que deve ser a transparência e o combate à corrupção". No entanto, destaca a confiança no trabalho da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público, sublinhando que, apesar do direito de presunção de inocência, há uma dimensão política que não pode ser ignorada. "Politicamente, consideramos que João Galamba já não tem condições para manter-se em funções e esse caso só vem comprová-lo mais uma vez".