O líder do PSD espera "humildade" da parte das outras forças políticas no reconhecimento dos bons resultados do anterior Governo.
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No final de uma visita à Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras, Passos Coelho foi questionado pelos jornalistas sobre, até àquele momento, não ter sido conseguido um texto comum do parlamento contra as eventuais sanções vindas da Europa, reiterando que estas são injustificadas "por razões objetivas" e não apenas porque são contra Portugal.
"Até me parece um mau indicador que não se esteja a querer argumentar racionalmente com Bruxelas, porque reconduzir este debate a uma espécie de nacionalismo serôdio, que estamos todos juntos contra as sanções porque elas são contra Portugal e Portugal não pode ter sanções é uma conversa curta", criticou.
As declarações do líder do PSD foram proferidas antes de fonte social-democrata ter dito à Lusa que PSD e CDS-PP não chegaram a acordo com a esquerda em torno de um texto comum a condenar a aplicação de eventuais sanções a Portugal pela Comissão Europeia.
O líder do PSD disse recusar-se a acreditar que "as outras forças políticas não tenham também a humildade de reconhecer os resultados que foram alcançados quando se trata de justificar, perante as instâncias europeias, que esses resultados deveriam impedir que sanções fossem aplicadas a Portugal".
"Se os outros partidos, só para não terem de dizer bem daquilo que nós fizemos, acham que não vale a pena argumentar, que o que é preciso dizer é que não é aceitável e que não queremos as sanções, nós achamos que isso é muito pouco quando se trata de defender o interesse nacional", lamentou.