Pastores religiosos, negacionistas e imigrantes nacionalistas entre os que acompanham Ventura
Militantes de base que entram no Parlamento têm um discurso mais radical que o líder. Há quem diga que “Portugal é para brancos” ou que a Ucrânia se deve render.
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O Chega escancarou as portas do Parlamento ao eleger 48 deputados, tornando-se na terceira maior força política da história da democracia em Portugal, acima da APU de Cunhal e do PRD de Eanes, em número de eleitos. Ventura elegeu os barões que não dispensa e ainda conseguiu levar militantes de base para o hemiciclo, onde o discurso poderá radicalizar-se. Ontem, à TVI, garantiu que votará “contra” um Orçamento da AD “se não houver nenhuma negociação”.
Marcus Santos, ex-lutador de MMA (arte marcial), é conhecido pela efusividade com que ataca adversários e jornalistas. Há dois anos, o luso-brasileiro disse que Cristina Rodrigues, ex-PAN com quem vai agora partilhar a bancada, “representa o mal”. Disse também que Ventura “não é líder” e que “está rodeado de lambe-botas”. Arrependeu-se, pediu perdão ao líder e foi eleito em quarto lugar pelo Porto. Ontem foi saudado no Instagram pelo filho de Bolsonaro, Eduardo.