O presidente do núcleo regional de Braga da Quercus, Paulo Mendes, anunciou, esta quarta-feira, que remeteu ao Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa uma providência cautelar contra a associação ambientalista para suspender as propostas que foram aprovadas nas últimas assembleias gerais, bem como o resultado das eleições para a direção e os restantes órgãos sociais.
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Paulo Mendes avançou com uma providência cautelar contra a Quercus no seguimento de duas assembleias gerais que decorreram há cerca de duas semanas, a 29 de abril, para suspender as propostas aprovadas sobre o funcionamento interno da associação, incluindo dos resultados das eleições, cuja votação decorreu durante o período da tarde. A propósito da saída da corrida eleitoral da lista que presidia, Paulo Mendes já tinha adiantado ao JN que iria atuar dentro dos métodos legais, denunciando um "processo eleitoral inquinado". Alexandra Azevedo voltou a ser eleita presidente da Quercus.
Em comunicado, o membro da Quercus evoca "vícios havidos no processo de convocação dos associados para as assembleias gerais", justificando que impediram a participação e a votação de um "elevado número de associados que nem chegaram a saber que as mesmas se realizaram". Além disso, Paulo Mendes insiste que o próprio processo foi de voto implementado que não estava previsto nos estatutos.
"Os procedimentos adotados para a convocação e para a votação, para além de ilegais, são aptos a permitir uma interferência nos resultados das votações, manipulando-as, uma vez que o processo de participação nas assembleias gerais e de votação não permitem a transparência, a o controlo externo dos resultados que vêm a ser consagrados como válidos", defendeu na nota a que o JN teve acesso.
Paulo Mendes pede, por isso, que os resultados das eleições sejam suspensos para que os eleitos não possam entrar em funções uma vez que "podem vir a causar danos assinaláveis à própria associação no período que há de mediar até à apreciação pelo tribunal", adverte. Assim que for conhecido o parecer do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, a direção nacional da Quercus será convocada para se pronunciar.