Paulo Morais faz balanço "muito positivo" da campanha a uma semana das eleições
O candidato presidencial Paulo Morais fez, este sábado, um balanço "muito positivo" da corrida para as presidenciais, considerando que as pessoas têm aderido muito bem às eleições de campanha que não visa eleger o candidato "mais simpático".
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Paulo Morais falava aos jornalistas em Almada, onde iniciou hoje o sétimo dia de campanha numa iniciativa intitulada "Ao encontro das pessoas", durante a qual foi cumprimentando os populares pelas principais ruas da cidade.
Acrescentou que tem sido muito bem recebido pela população, que além de o conhecer, conhece o seu discurso e as ideias que defende enquanto candidato.
Nesta cidade da margem sul, o candidato, cujo discurso contra a corrupção mostrou ser bem conhecido da população, lembrou que não basta gostar de si ou do seu discurso.
"Há que votar quando chegar o dia, porque só com votos se pode ganhar", disse.
Paulo Morais lamentou que as baixas das cidades estejam desertificadas e que se veja muito menos gente na rua do que se via há anos, apelando aos políticos e população para que inverta esta tendência.
Acompanhado pelo vocalista dos UHF, António Manuel Ribeiro, que é a cara da candidatura de Paulo de Morais no distrito de Setúbal, o candidato iniciou a visita numa das principais praças da cidade.
Ali, entrou em vários cafés para distribuir o compromisso da candidatura e falar com as pessoas.
Ao longo das ruas, vários populares se dirigiram ao candidato, mostrando-lhe o seu apoio e solidariedade na "luta contra a corrupção que existe em Portugal".
Foi, contudo, num dos principais cafés da cidade, na praça Movimento das Forças Armadas (MFA), que um popular a quem o candidato se dirigiu lhe disse que ele obteria o seu voto.
"Há muitos anos que o conheço, que gosto de si e que o apoio. Li todos os seus livros e posso dizer-lhe que os tenho à cabeceira e na secretária", disse.
Sem se identificar, mas referindo ser jurista na banca há muitos anos, o popular acrescentou que um dia ainda se há de encontrar com o candidato para lhe dizer outros nomes de corruptos, porque os conhece "todos".
No mercado agrobiológico da praça MFA, Paulo Morais foi interpelado por uma vendedora de legumes que o questionou sobre os motivos por que apenas em campanha eleitoral visita mercados para ouvir a população, ao que ele respondeu que "seja ou não eleito, daqui por um ano voltará ao local onde hoje" esteve.
Dois momentos altos da visita de Paulo Morais a Almada foram quando encontrou um militante comunista há 52 anos que disse que gosta muito dele e do seu discurso e quando, incitado por um popular a continuar a luta contra a corrupção, o candidato respondeu: "Não tenho tempo para atacar os corruptos todos".
De Almada, Paulo Morais seguiu para Cacilhas no início de um dia de campanha que, durante a tarde, o levará à Costa de Caparica e à noite a Alhos Vedros.