Pedro Nuno apela ao voto da "maioria que não está nas televisões nem nas redes sociais"
O líder do PS reafirmou, esta quinta-feira, que a única forma de derrotar a Aliança Democrática (AD) é "concentrar" os votos no seu partido. Em Gondomar, Pedro Nuno Santos pediu o voto da "maioria que não está nas televisões nem nas redes sociais" e respondeu a Montenegro: "Nós não falamos das mulheres só em campanha".
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"Há muito trabalho para fazer, muita gente para mobilizar para que ninguém fique em casa", frisou o socialista, em mais um apelo ao voto. "O pior que podia acontecer era desbaratar o que conseguimos", acrescentou. Como habitualmente, deu o exemplo da "estabilidade económica e financeira" alcançada nos Governos de António Costa.
Na corrida contra o tempo até ao fim da campanha, Pedro Nuno lembrou que, há dois anos, também ninguém previa o resultado que o PS viria a ter. Não pediu uma maioria absoluta, mas afirmou: "Esta maioria não está nas televisões nem nas redes sociais. Já estava, em 2022, subrepresentada nas sondagens e temos de garantir que vai votar".
Tal como tem feito ao longo das últimas semanas, Pedro Nuno Santos admitiu que há vários "problemas" no país. Deu o exemplo do SNS, referindo que não é "desistindo" da rede pública de saúde que essas questões se resolvem. Com a AD, tudo o que acontecerá e um "regresso ao passado", alegou; já o PS é "a mudança boa, que permite avançar".
O "cadastro" da Direita e a resposta a Montenegro sobre as mulheres
"Nós não fazemos promessas em campanha para depois recuar, cortar ou congelar", salientou o dirigente socialista. Esse é o cadastro que eles têm e carregam", prosseguiu. Assegurou que, com o PS, há a "certeza inabalável" de mais rendimentos.
Depois de, na véspera, PS e AD terem procurado atrair o voto feminino, Pedro Nuno voltou ao tema: "Nós não falamos das mulheres só em campanha", atirou, em resposta às garantias de Montenegro de que a igualdade de género será prioritária para a coligação de Direita. Esta observação, durante um breve discurso num auditório municipal, foi muito aplaudida.
O secretário-geral socialista detalhou que as preocupações do seu partido com o sexo feminino vão muito para além da eventual reversão do direito ao aborto. Vincou mesmo que é preciso "libertar as mulheres", realçando que estas têm uma vida particularmente "dura" e que "trabalham duas vezes": uma no emprego a outra em casa.
"Às 11 da note ainda estão a cuidar da família antes de se irem deitar", referiu Pedro Nuno Santos, ouvindo novo aplauso.