Farmacêutica disponível para iniciar abastecimento do país logo após o aval da EMA. Transporte assegurado até aos centros de vacinação.
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A farmacêutica Pfizer está disponível para começar o processo de distribuição das vacinas contra a covid-19 para Portugal logo que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprove o fármaco, o que se espera que aconteça no próximo dia 29 de dezembro.
Em resposta ao JN, a Pfizer Internacional, que desenvolveu a vacina com a empresa de biotecnologia BioNTech e que deverá enviar 4,5 milhões de doses para Portugal, refere que o objetivo "é começar o primeiro carregamento tão cedo quanto possível", concretamente horas após a autorização dos reguladores.
O coordenador do Plano de Vacinação Covid-19, Francisco Ramos, afirmou esta semana que a campanha de imunização arranca em janeiro, mas não apontou o dia. Refira-se que a EMA tem agendadas reuniões no dia 29, na qual deverá ser aprovada a vacina da Pfizer, e no dia 12 de janeiro para avaliação da vacina da Moderna.
Ao JN, a Pfizer, que esta semana recebeu autorização de distribuição no Reino Unido, explica também que, na fase inicial, será responsável pelo transporte das vacinas para Portugal. Os fornecimentos vão seguir os canais designados pelo país e entregues nos locais de vacinação definidos e sujeitos a autorização ou aprovação dos reguladores.
Caixas de gelo seco
"Desenvolvemos planos logísticos detalhados e ferramentas para apoiar o transporte eficaz de vacinas, armazenamento e monitorização contínua da temperatura", adianta. Em causa estão caixas térmicas com gelo seco que permitem manter as doses durante cerca de um mês a uma temperatura de 70 graus negativos e controladas por GPS. Nos centros de vacinação, as vacinas podem ser guardadas num frigorífico (2 a 8 graus) durante cinco dias.
A intenção, acrescenta, é que o transporte até aos principais centros de distribuição do país seja feito por via aérea, utilizando os parceiros estratégicos de transporte da Pfizer, e por via terrestre para os locais de vacinação. Quanto ao local onde as vacinas serão armazenadas, a farmacêutica refere que tal decisão é da competência do Governo português.
Já a Moderna ainda está a finalizar os detalhes relativos à logística e à cadeia de distribuição. Ao JN, assegurou que está apta a distribuir assim que tiver aprovação do regulador. A vacina da Moderna pode ser conservada a 20 graus negativos até seis meses. Nos centros de vacinação pode ficar 30 dias entre os 2 e os 8 graus.