O Ministro das Finanças, Mário Centeno, garantiu, esta terça-feira, que o "Plano B" pedido pela Europa não passa por cortar rendimentos ou aumentar impostos.
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Após duas horas a responder às questões dos deputados, o autor do Orçamento de Estado (OE), que muito tem sido criticado à Direita, garantiu que o "Plano B" pedido pela Comissão Europeia, para fazer face a eventuais derrapagens na execução orçamental, não inclui "cortes de salários, nem cortes de pensões, nem aumento dos impostos diretos".
Mas confrontando, quer pelo Bloco de Esquerda, quer pelo CDS-PP, Centeno não revelou os contornos dessas medidas, apenas frisando o cumprimento dos acordos à Esquerda - que passam pela devolução de rendimentos aos portugueses.
E em relação à aplicação das 35 horas de trabalho semanal? O ministro disse que "a tempo próprio" esta medida, que é uma das várias acordadas em novembro de 2015 pelo PS com os partidos que sustentam o Governo, poderá entrar em vigor.
O PCP trouxe, pela voz do deputado Paulo Sá, a necessidade de se reavaliar a dívida pública, que, segundo o comunista, só em 2050 atingirá os 60%, valor sustentável estabelecido pela Comissão Europeia. Centeno mostrou-se "aberto a este debate", tanto a nível nacional como comunitário, mas salientou que não o irá espoletar.