O Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) alertou, em comunicado, os governos e as empresas para o perigo do plástico nos oceanos: se nada for feito, os plásticos nos oceanos vão quadruplicar até 2040.
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A propósito do Dia do Combate à poluição, que se comemora no próximo sábado, dia 14 de agosto, o Geota alerta que que é necessário "mudar os hábitos de consumo e novas políticas que alterem a economia do plástico".
A organização não-governamental lamenta que os "atuais compromissos dos governos e da indústria apenas reduzirão a quantidade de plástico despejado no oceano em 7%, até 2040". "O plástico que permanece no oceano, durante centenas de anos, não é biodegradável e a quantidade acumulada, com as atuais políticas, poderá atingir as 600 milhões de toneladas até 2040, sendo o peso equivalente a mais de 3 milhões de baleias azuis", de acordo com a mesma nota.
O presidente do GEOTA. João Dias Coelho, pede "políticas sistémicas e não ações pontuais" no combate pela redução dos plásticos nos oceanos, uma vez que se prevê que " o plástico despejado nos oceanos deverá quase triplicar e a quantidade de plástico nos oceanos, poderá vir mesmo a quadruplicar até esta data [2024]".
No comunicado, a ONG insiste que a utilização de plástico reciclado não resolve o problema se não existir um "processo de recolha, sistema de reciclagem e mercado para o material ser reutilizado, não existe qualquer impacto significativo no combate à poluição".
Segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Breaking the Plastic Wave, citado pelo Geota, atualmente, 11 milhões de toneladas de plástico são despejados nos oceanos todos os anos, sendo o equivalente a um camião de lixo a cada minuto.